Alimentação: O dragão barbudo é um animal omnívoro, alimentando-se quer de vegetais, quer de insectos. Os juvenis devem ter iguais proporções de insectos e vegetais (50% – 50%), na sua alimentação e, à medida que o animal envelhece, os vegetais devem ir tendo maior preponderância. Num dragão de dois anos de idade, os insectos devem […]
Alimentação: O dragão barbudo é um animal omnívoro, alimentando-se quer de vegetais, quer de insectos. Os juvenis devem ter iguais proporções de insectos e vegetais (50% – 50%), na sua alimentação e, à medida que o animal envelhece, os vegetais devem ir tendo maior preponderância. Num dragão de dois anos de idade, os insectos devem constituir cerca de 20% do total das refeições e devem ser oferecidos entre duas a três vezes por semana.
Num dragão adulto, a alimentação à base de vegetais deve ser promovida e deve dar-se preferência a folhas verdes, como rúcula, agrião, couve, espinafre, nabiça, etc. Bróculo, dente de leão, courgette e cenoura podem também ser boas opções.
Relativamente aos insectos, as baratas (Dubia spp), grilos e larvas de Zophoba morio são os que apresentam melhores características nutricionais. A larva de escaravelho da farinha (Tenebrio molitor) deve ser oferecida com moderação, devido ao seu alto teor de gordura.
É fundamental a suplementação com cálcio, ou com cálcio e vitamina D3. Esta suplementação pode ser feita através de duas técnicas: Gut loading – no qual se alimentam os insectos com produtos ricos em cálcio – e Dusting – no qual se polvilham os insectos com o suplemento.
Alojamento: Um dragão barbudo adulto facilmente alcança os 40 a 50cm de comprimento, pelo que o terrário deverá ser suficientemente grande para que o animal se possa movimentar à vontade. Não existe tamanho máximo, mas as dimensões mínimas recomendadas são 100x50x50 centímetros.
Sendo os répteis animais ectotérmicos, é fundamental criar um gradiente de temperatura, dentro do terrário, para que o animal se possa mover entre os locais mais frescos e mais quentes e, assim, manter-se à temperatura ideal, como faria em ambiente natural. Assim, devemos criar uma zona quente, de cerca de 30 a 35ºC e uma zona fria, de cerca de 25 a 27ºC. O aquecimento da zona quente pode ser conseguido de variadas formas, no entanto, para alcançar estas temperaturas num espaço como o referido anteriormente, é recomendada a instalação de lâmpada de cerâmica. É igualmente indispensável a instalação de lâmpada de UVB adequada às necessidades da espécie. Estas lâmpadas devem ser colocadas a cerca de 30 a 40cm do animal e, idealmente, devem ser protegidas com uma rede, para evitar queimaduras. Recomenda-se a instalação de um termómetro em cada lado do gradiente de temperatura.
O substrato deve ser de fácil limpeza e, preferencialmente, composto por material orgânico, como a fibra de côco. Em indivíduos juvenis, o papel absorvente é o mais indicado, pois evita a ingestão acidental e, consequentemente, eventuais problemas de obstrução gastro-intestinal.
Cuidados de higiene: A limpeza dos vidros e acessórios do terrário deve ser sempre feita com produtos não tóxicos – Vinagre de limpeza é uma boa opção. Os dejectos do animal devem ser sempre removidos o quanto antes e, cerca de uma vez por mês, todo o terrário deve ser limpo e o substrato trocado.
Enriquecimento ambiental: A decoração não obedece a regras específicas e acaba por ser uma questão de gosto pessoal, desde que as necessidades do animal estejam satisfeitas. Deve haver pelo menos um esconderijo; uma taça para água, suficientemente grande para que o animal possa tomar banho; uma taça para o alimento, para evitar o contacto deste com o substrato do terrário.
Os dragões barbudos são animais semi-arborícolas, embora passem a maior parte do seu tempo no solo, pelo que é importante a colocação de troncos, raízes e pedras, de forma a enriquecer o ambiente e, assim, estimular os comportamentos naturais do animal e evitar a depressão, muitas vezes expressa por comportamentos estereotipados.
Os dragões barbudos são animais extremamente territoriais e, sobretudo quando adultos, não toleram bem a presença de outros indivíduos, pelo que a constituição de grupos é totalmente desaconselhada, visto poder levar a competição por recursos e, não raras vezes, a stress e confronto físico entre os exemplares da colecção.
Cuidados de saúde: Os dragões barbudos são animais muito robustos, resistentes e, como todos os répteis, tendem a esconder sinais de doença e debilidade muito bem, muitas vezes até ser demasiado tarde para que qualquer tratamento seja eficaz. Assim, deve apostar-se sobretudo na prevenção, pelo que se ecomendam os check-ups de saúde regulares, a cada seis meses ou um ano. É igualmente importante a análise regular das fezes do animal e, se necessário, a desparasitação deste.
Visto que a maioria das doenças, em répteis de cativeiro, tem origem em erros de maneio, é importante que todas as indicações constantes desta ficha sejam cumpridas. Em caso de dúvida, não hesite em contactar-nos.
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